Consumo versus velocidade para vários modelos de automóvel Fonte: energy-ecology |
Muitos testes automóveis, assim como os indicadores dos veículos, concluem que a velocidade onde o consumo é menor, é no intervalo entre cerca de 50 km/h e 80 km/h. Mas porquê? Faremos as respetivas deduções físico-matemáticas.
Leis de Newton
Num carro em movimento atuam essencialmente duas forças, a Força Motriz (Fm) do motor e a Força de atrito (Fa). Esta força de atrito tem essencialmente duas componentes, que é a força de atrito mecânico-dinâmica, que se encontra nos rolamentos e nas peças circulantes do carro, e que pelas leis da Física depende linearmente da velocidade; e a força de atrito aerodinâmica entre o carro e a atmosfera envolvente, que pelas mesmas leis da Física depende do quadrado da velocidade.
Essa força de atrito (Fa) poderá ser escrita então como:
A força (F) resultante no automóvel será então a força motriz menos a força de atrito:
Sabe-se pelas leis de Newton que:
logo, ficamos com a seguinte equação diferencial:
Consumo de combustível
O consumo de combustível do motor por unidade de tempo (r) num motor de combustão, para um funcionamento num ponto específico, é proporcional à Potência Motriz (Pm) do motor, mais uma constante (k) que serve para manter apenas o motor a trabalhar, como por exemplo, quando este está no ralenti, ou seja:
onde r é o consumo em litros por segundo (l/s). Sabemos todavia que a Potência é a variação de Energia sobre o tempo, e que a Energia ou o Trabalho, é a força vezes o deslocamento, então:
concluindo-se que o consumo do veículo (c), em unidade de volume de combustível (litros), por unidade de espaço (metros), é dada pela seguinte expressão
para velocidades constantes v'=0, logo
Teste matemático
Faremos o teste matemáticos mais simples, assumindo
ou seja, desconsiderando por completo fatores de escala. O gráfico é o seguinte, o que se assemelha com os testes práticos do primeiro gráfico.
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